
O ambiente escolar é certamente o local de encontro de grande diversidade, afinal é nele que crianças, adolescentes e adultos de diferentes perfis se reúnem em busca de adquirir conhecimento educacional, cultural e pessoal, passando grande parte do seu dia dividindo um mesmo espaço de convivência.
Devido a essa pluralidade, não é possível negar a importância da acessibilidade em espaços escolares, pois é aí que alunos, professores, funcionários e toda a comunidade precisam conviver em igualdade de condições, tendo os mesmos direitos da coletividade.
As leis já asseguram esse direito, enquanto as normas determinam de que forma deve ser implementada essas adequações que garantam a inclusão do espaço escolar a todos.
Promover as condições de igualdade para as pessoas, com deficiência, visando a inclusão social e cidadania, é coisa muito séria e cabe ao gestor de cada unidade proporcionar as adequações corretas e necessárias para garantir autonomia, conforto e segurança a todos que vão se utilizar desse espaço de convivência.
Mas, na prática, as escolas enfrentam dificuldades, pois não se trata apenas de adaptar a estrutura pedagógica da instituição, mas também os acessos ao espaço físico.
Por isso, diretores e professores devem se mobilizar para obter apoio profissional e buscar investimentos que permitam fazer da acessibilidade uma realidade no seu cotidiano.
Esses esforços devem ser distribuídos para atender as diversas adequações que se fazem necessárias, como a Acessibilidade comportamental, que diz respeito a criação de uma cultura inclusiva, onde alunos, professores e funcionários entendam e respeitem cada indivíduo como ele é; a Acessibilidade de comunicação que significa proporcionar a toda comunidade materiais didáticos em Braile, salas com uma boa acústica, além de sinais e figuras que facilitam a comunicação são formas simples de facilitar o diálogo no dia a dia escolar; a Acessibilidade pedagógica, que diz respeito às adaptações dos métodos ara facilitar o ensino e aprendizagem dos alunos e por fim a Acessibilidade estrutural ou arquitetônica que trata de adequações físicas no ambiente, como rampas, acessos entre outros.
Vamos tratar nesse artigo da Acessibilidade estrutural ou arquitetônica. Ampliação de banheiros, instalação de barras de segurança, inclusão de rampas, piso tátil, sinalizações e corrimãos são aspectos da acessibilidade, que devem ser bem planejados para que o espaço seja adequado de forma correta para que os percursos livres cubram a todos os ambientes.
Mas como o gestor pode ter a certeza de que as adequações realizadas atendem de forma integral a acessibilidade arquitetônica em sua escola? Através da contratação de um Laudo de Acessibilidade.
O Laudo de Acessibilidade em escola, trata-se de um documento técnico de análise e diagnóstico onde constam as conclusões sobre a conformidade da edificação às normas de acessibilidade e, no caso de correções, que exijam intervenções mais complexas, indica os projetos necessários para adaptação.
Essa determinação está definida na Lei Brasileira de Inclusão – LBI que determina a elaboração de um documento técnico que ateste a acessibilidades em ambientes e espaços públicos.
Senhor gestor, de posse dessas orientações fica mais fácil promover a acessibilidade no seu ambiente escolar. Suas ações vão ser orientadas por engenheiro ou arquiteto que é o profissional habilitado para essa função. Dessa forma as ações serão mais assertivas, dentro do melhor custos e com o melhor prazo de execução, garantindo um ambiente escolar que promove autonomia, conforto e segurança.
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Márcia Lamas é Arquiteta e Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal Fluminense, com cursos de especialização em gerenciamento e práticas de obras. Atua desenvolvendo projetos residenciais, comerciais e corporativos, valorizando o conforto, a integração e a funcionalidade, sempre atenta a acessibilidade e a inclusão, por meio de projetos, execução, laudos e consultoria.
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