
As barreiras encontradas nos espaços físicos e nas estruturas arquitetônicas e no design de objetos são muitas e, faz parte do dia a dia das Pessoas com Deficiência ter que vivenciá-las.
O Desenho Universal é um conceito que propõe a criação de espaços com uso democrático, garantindo condições igualitárias em sua qualidade de uso.
Desta maneira, suas formas, funcionalidades, acessórios e tecnologias são selecionados e combinados de modo a fornecer a maior eficiência de uso possível para o usuário.
Para a arquitetura, isso significa projetar espaços que sejam ao mesmo tempo receptivos para crianças, adultos e idosos, pessoas com as mais diversas aparências e condições de compreensão e locomoção.
São 7 os princípios do Desenho Universal:
1. Uso equitativo
É possibilitar o uso de diferentes espaços, produtos, serviços e informações por usuários com as mais variadas capacidades.
2. Flexibilidade de uso
O design é concebido de modo que atenda a usuários com diferentes habilidades e múltiplas preferências.
3. Uso simples e intuitivo
O fácil entendimento para que qualquer pessoa possa compreender o conteúdo, independente de sua experiência, conhecimento, habilidades de linguagem ou nível de concentração.
4. Informação de fácil percepção
A informação é transmitida de maneira a atender as necessidades de quem a recebe, independente de condições ambientais (estrangeiros) ou habilidades sensoriais do usuário (dificuldades de visão, audição, dentre outras).
5. Tolerância a erros
Busca minimizar erros, diminuindo riscos e possíveis consequências de ações acidentais ou não intencionais.
6. Baixo esforço físico
Preconiza o uso eficiente, é ergonômico, ou seja, confortável e como mínimo de fadiga.
7. Dimensão e espaço para acesso e uso
Estabelece dimensões e espaço apropriado para o acesso, o alcance, a manipulação, e o uso, independente do tamanho do corpo (obesidade, nanismo…), postura ou mobilidade do usuário (movimentos involuntários, dificuldades de preensão…).
Ao utilizar-se do conceito e princípios do Desenho Universal os projetos já são pensados para a diversidade humana no início de seu planejamento, não necessitando de adaptações posteriores.
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Márcia Lamas é Arquiteta e Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal Fluminense, com cursos de especialização em gerenciamento e práticas de obras. Atua desenvolvendo projetos residenciais, comerciais e corporativos, valorizando o conforto, a integração e a funcionalidade, sempre atenta a acessibilidade e a inclusão, por meio de projetos, execução, laudos e consultoria.
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